O negócio ficou avaliado em 25 milhões de euros. No entanto, Thiago abdicou de receber os 5 milhões que lhe estavam destinados e por isso o Bayern desembolsa apenas 20 milhões de euros.
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No acordo ficou ainda estabelecido que as duas equipas irão-se defrontar num particular a realizar-se brevemente.
Já tínhamos referido que a pouca utilização do espanhol (é o 15º jogador do Barcelona mais utilizado na Liga BBVA e está tapado por Busquets, Xavi, Iniesta, Fábregas) deveria catalisar a sua saída da Catalunha. Thiago já tinha expressado o seu desejo em jogar mais e recentemente, Guardiola manifestou o seu interesse em Alcântara: «Ou vem Thiago ou não vem ninguém. Ele é um superjogador».
Atendendo às características que reúne Thiago era impensável que continuasse a ser uma segunda opção. O médio espanhol tem uma criatividade fora do normal, um domínio de bola impressionante, uma visão de jogo fantástica, um potente remate de meia distância e qualidade de passe fora do normal que, aliada à sua visão de jogo, "fabrica" muitos golos.
Mesmo com todas estas capacidades é difícil entrar numa equipa (e numa seleção) com Iniesta, Xavi e Cesc e por isso onde mais se destacou foi nas seleções jovens de Espanha. Neste verão decidiu a final do europeu sub-21 com um hat-trick e levantou o troféu que a Espanha conquistou (era o capitão).
Não era uma contratação urgente (até é difícil encontrar posições em que o Bayern possa melhorar) mas irá "perfumar" o meio campo bávaro através de toda a sua classe. Com esta contratação, Guardiola terá ainda mais "dores de cabeça" já que tem um meio campo recheado de verdadeiros craques - Javi Martínez, Luiz Gustavo, Can, Schweinsteiger, Kroos, Thiago, Götze e Müller (este último é mais extremo/segundo avançado do que médio ofensivo).
Como pode Guardiola gerir esta abundância de médios?
Parece certo que, dos referidos Javi Martínez, Schweinsteiger e Müller têm lugar quase garantido (apesar de Müller, em príncipio não atuar no meio campo). Partindo deste pressuposto parecem haver duas fortes possibilidades que dependem, essencialmente, do lugar onde Javi Martínez se irá posicionar.
A primeira seria formar um meio campo mais parecido com o desta temporada e constituído por Javi Martínez e Schweinsteiger ao qual se juntava um médio com caraterísticas mais ofensivas como Kroos, Thiago ou Götze.
A segunda poderia ser a colocação de Javi Martínez a defesa central ao lado de Dante o que possibilitaria abrir a "vaga" para mais um médio. O meio campo ficaria assim com Schweinsteiger mais dois dos três acima referidos (Kroos, Thiago e Götze).
Tendo em conta a grande concorrência existente neste plantel, não é líquido que Thiago seja titular habitual e por isso subsistem dúvidas se esta foi a melhor decisão para o espanhol (no Man. United iria ser indiscutível).Do ponto de vista do Barcelona, aparenta ser um mau negócio fruto de alguma irresponsabilidade dos catalães na formulação do contrato (previa que Thiago saísse por valores mais baixos do que a claúsula de 90 milhões caso não jogasse um certo número de jogos). Thiago parecia ser o sucedor de Xavi que neste último ano já não apresentou o futebol dos seus tempos áureos. Ao que tudo indica, Sergi Roberto será o substituto de Thiago no banco do Barça.
Boa opção por parte de Thiago? Como se justifica que o Barcelona deixe sair um jogador desta qualidade por um valor tão baixo? Como poderá Guardiola gerir esta equipa? Qual será o onze-tipo?
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